domingo, 8 de março de 2015

círculos



É sempre mais do mesmo.
mesmo quando se tem a condição de novos dias. novos horizontes. conquistas. chegadas.
mesmo após análises e ressignifações.
o olhar muda, a sensação muda. a reação muda.
mas a essência...
a essência será sempre o sussuro dos fantasmas.
a voz que dorme e acorda ao seu lado te desafiando a olhar na menina dos seus olhos, aquela que desvia o olhar quando mira o espelho. Te desafiando a encarar o que você esconde de você em algum canto da alma.
Culpas, vergonhas, pavores. O que te prende no mundo, se não é o mundo que você pretende?
A nostalgia fode.
E eu quando preciso, preservo as barracas, ao passo de chutá-las. Todas.
Solidão. Quero senti-la na sua forma mais doída. Quero a verdade de estar sozinha e não a sensação da solidão acompanhada.
Quero uma criação de borboletas no meu estômago e montanhas russas subindo e descendo dentro de mim.
Freio de mão puxado! A quem se quer enganar ?
Tive a chance de sentir asco.
Aquela árvore que você plantou, regou, só criou raízes em você. Chega a ser ofensivo.
E eu fico me perguntando. Qual o meu número?
No saldo final , persiste a curiosidade. Um ego atingido em cheio deixando um rombo no peito.
Re-start.
Eu sei meu ponto de partida.


Música do dia: The scientist - Coldplay.
" ...take me back to the start"...

domingo, 27 de julho de 2014

Largar-se

No mundo. Do mundo. Os dois lados em que transitamos daquilo que transgride nossas vontades e possibilidades. Daquilo que se apresenta como real e ideal aos nossos olhos. Tudo o que queremos, alcançamos, perdemos, misturados num bolo de sensações e dúvidas. Tão mais fácil escolher entre morango e chocolate. Preto ou branco. Quando é assim ainda podemos encontrar uma alternativa, combinações que não nos faça sentir as perdas em cada lado. Mas quando se trata dela, quando se trata de fazer sua vontade e não conviver com sua voz questionando, incomodada com aquilo que insistimos em considerar certo - sabe-se lá por qual razão; quando se trata dela, não é tão fácil fazer ou desistir. Um universo de porquês tranca o caminho de nossa alma. Encontrar a ponta do nó e desenrolar-se da auto culpa. Destrinchar-se do que vai além do orgânico.

Deixa seu coração bater mais forte outra vez! Deixa que seja só por uns minutos. Deixa que seja só Sua verdade. Talvez você esteja ali sozinha. Faz parte entender que o mundo que idealiza mora unicamente em suas vontades. É isso, é e será sempre assim. A pele que espera, reage de outra maneira. Ela já sabe o que lhe espera. Todo o resto tenta te proteger, mas ela te trai e convence cada pedacinho seu, que pelo menos ali você está livre até mesmo de você. A descoberta já foi. A corrente elétrica já passou do meu [ em meu] corpo e lançou-se de [em] cada toque meu. Torna-se especial o que permitimos importância. E a importância é sua e de mais ninguém, inclusive até do que se considera importante. Mais uma vez é o seu mundo quem dita as regras, mais uma vez ele te dá os comandos do  querer, ele só não tem o poder de tornar isso uma verdade para o mundo que te cerca. Esse é além do seu ideal. É o real te esfregando na cara que você não tem escolhas sobre as escolhas de mais ninguém, e na maioria das vezes não tem escolhas sobre suas próprias vontades. Então, o que considerar real e ideal? O corpo pré-programado concluiu-se desconexo e certo de que seu mundo confundiu-se com o que o mundo parecia lhe oferecer. Essa mania de sentir tudo quente ou frio, essa recusa em aceitar o morno do café. Que assim seja. Que o amarelo do meu sol seja sempre mais forte que o cinza que insiste em me invadir. 23/07/2014.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

pele.



Então fica em silêncio.
Quero ouvir tua pele sussurrando nos meus pelos que gosta de mim. 
Quero tua demora. A febre do lascivo que cintila entre meios. 

Preenche meus espaços e despe esse cinismo que me cobre por conveniência. 
Mas segura forte, que hoje quero sentir que não pertenço a mim

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

sobre.


sobre o que vemos.
sobre o que vemos e não enxergamos. 
sobre o que vemos, não enxergamos e julgamos.
sobre o exercício difícil de não ser juiz. 
e de não ser réu. 
sobre toda a arte de achar muito sobre tudo. 
sobre toda a fantasia que somos capazes de criar com base no que achamos. 
sobre não ter nunca certeza de nada. inclusive do que queremos, ou sentimos. 
é tudo tão incerto. tão volúvel. tão rápido. que já passou. foi-se. 
é tudo tão doído. tão pesado. tão profundo. que estancou. permaneceu-se.
são todos os tipos de quereres e suas correspondências. ou falta delas. 
olhar para alguém e se achar em condições de explicar seus atos. em justificar. em condenar. 
olhar para si e se achar alvo, se achar menos, se achar mais, se achar imune, se achar exclusivo. nas dores, nos problemas, nos amores. 
é tudo igual. é tudo redundante. é uma infinita repetição de encontros e desencontros. de altos e baixos. de bom e ruim. 
a nossa resiliência no transitar por entre os desconfortos da vida. 
nem sempre é grama, nem sempre é areia fofa. as pedras pontiagudas furam, você pisando leve ou não. 
tem quem já prefira logo se rasgar de vez, até porque chega uma hora que o corpo anestesia. a mente anestesia. só o coração que não. esse, faça o que for sempre vai ser o nosso termômetro, vai sempre nos lembrar que ainda estamos vivos.  batendo mais forte ou mais fraco, cansado ou não. exasperado ou não. enquanto houver tempo, tentará nos fazer sentir vida, pela dor, pelo medo, pela raiva, pelo amor. com amor. 
mas ainda tem aqueles que tentam esquivar-se das pedras. buscam um espacinho, uma brecha entre elas. 
_ acho que por aqui vai, aqui cabe. 
se espremem, se esmagam, cansam. envelhecem driblando por aqui e ali tentando evitar a dor das bolhas que estouram aos nossos pés. 
sim, a caminhada é descalça. e claro que todos cansam. param um pouco, descansam um tanto e observam. 
geralmente observam a caminhada de quem passa. deviam dormir, desligar...mas não. viram espectadores da trajetória de quem passa. às vezes ficam tanto tempo parados só observando. nem percebem o tempo que dedicam a isso. 
observando e questionando. 
observando e comentando. 
comentando e criticando. e julgando. e achando. de novo achando. 
mostram uns aos outros os calos nos pés. chegam a ter orgulho dos calos que formaram. quem tem mais calo é sinal de força. de vitória. mas quem não tem calo nenhum também deve ser muito especial já que caminhou tanto e se mantêm sem ferimento algum. 
e não faltam teorias. 
essa gente toda parada. essa gente toda formadora de opinião. que parou pra descansar e achou mais seguro reparar nos passos de quem passa do que correr o risco de pisar em cacos que lhe rasguem a pele. que lhe furem a alma. 
essa gente toda que fala muito. que conceitua muito. que discursa muito. essa gente toda da qual às vezes faço parte.
sempre argumentos que nos parecem à primeira impressão tão fundamentados. legítimos. 
e eu me pergunto onde é que mora a legitimidade se a gente já nasce com uma programação genética diferente um do outro, que cresce sob os cuidados de gente diferente umas das outras. Como ser legítimo em algo? Baseado em que? Na minha dor? que dói mais porque é em mim? Na sua dor? Que provavelmente deve ser frescura, não deve doer tanto assim.
Chega desse papo de especial. Dor é dor. Em mim, em quem for. Eu queria tanta coisa que eu não consegui. Eu amei tanta gente e perdi. Tanta gente não me amou ou amou, mas também me perdeu.Nos perdemos uns dos outros o tempo todo. Eu sofri tanta coisa que queria esquecer. Mas tá tudo aqui.
 E não sai de mim e nem nunca vai sair.Nunca. 
Não existe isso de que um dia passa. 
Não existe isso de não remoer. Para! 
Tudo sempre vai estar aqui. E aí. 
 Eu vou morrer qualquer dia desses. Pode ser breve ou não. Mas vou. E olha só, qualquer um também vai. Tá vendo como não tem essa de especial. É difícil de perceber isso?
Penso que quase tudo não tem qualquer importância. Penso que só deve ser especial o que hoje nos faz sorrir. Só hoje. Porque tudo pode mudar. E não tem que cobrar, não tem que exigir. Não tem que manter. Porque tudo muda de hoje para amanhã. E é um crime contra nossa alma prender-nos a essas malditas convenções que nos escravizam com base em convicções do que deve ser o ideal para nossas vidas. 
Eu adoro gente esquisita. E não me peçam pra definir. Mas  adoro toda essa gente que vai contra a tudo que é pré-determinado. A tudo que é ditado. Ditaduras morais, ditaduras sentimentais, ditaduras até na figura que devemos ter. 
Me faz rir. A correspondência do meu peso com minha carcaça é um disparate. O que eu carrego pesa muito mais do que o que se vê. 
E leveza a gente tem que ter na alma. 
Não se encaixar no "padrão" chegou a um ponto de cobrança, que a sensação é de qualquer imagem fora do que se entende como o "ideal" chega a ser ofensivo aos olhos de quem vê. A que ponto chegamos. 
E não vou nem me referir a tragédias mundiais, a desigualdades horrendas, à ganância que impera. Só me refiro ao mínimo. Que gera todo o resto. 
A velocidade está nos violentando. Não temos tempo, já que vamos ficar atrasados. Já que seremos passados para trás. 
E pra quê? Eu não consigo deixar de me questionar. Pra quê. 
O que precisa acontecer para entendermos que não teremos nunca compreensão? Chega de significações. Clareza, por favor. Quanta barreira, quantas armas. A gente fica fazendo mal o tempo todo ao outro, porque tem medo de fazer o bem e parecer besta. 
Eu não gosto desse tipo de brincadeira. 
É ruim se sentir impotente. É horrível constatar que não há mais o que falar, que fazer.É pior ainda aceitar que não vai acontecer. Ao menos, não como você gostaria. 
Sem falar que, não vai adiantar nada lamentar que poderia ter sido diferente.
Tempo, tempo e tempo perdido. 
Vamos lá. Eu, meus calos e minhas pedrinhas. 



"...este homem, que em cada ser reconhece a si mesmo no que tem de mais íntimo e mais verdadeiro, considera também as dores infinitas de tudo aquilo que vive, como sendo as suas próprias dores, e assim faz sua a miséria do mundo inteiro. Daí em diante, nenhum sofrimento lhe é estranho. Todas as dores dos outros (…) pesam sobre o seu coração como se fossem suas."
SCHOPENHAUER


domingo, 27 de janeiro de 2013

a vida é ou não é efêmera?


acho que o dia de hoje nos colocou para pensar. 
talvez o impacto se deu pela grandiosidade do horror. pela dor coletiva de centenas de familiares, que atingiu a todos nós. digo isso porque a dor deles não é diferente da dor de cada pai, mãe, filho, irmão, esposo, esposa, amigo que diariamente tem a vida de um ente amado ceifada tragicamente. a morte é sempre inesperada, sempre. seja assim, por uma fatalidade, por uma enfermidade, por uma bobeira qualquer. mas o que me aterroriza, é que estamos convivendo com uma violência gigante, e parece-me que nos acostumamos a ela. faz parte da característica de adaptação do ser humano, acomodar-se nos novos moldes a ele imposto. já não nos assustamos mais, já não nos surpreendemos, nem nos sensibilizamos. talvez com uma ou outra coisa mais impactante, como essa de hoje que tirando exceções, chocou a todos. mas de modo geral, vulgarizou-se a dor, (do outro), porque a nossa não tem como calar, e ela chegou num volume que nos faz surdos a tudo que não nos diz respeito. triste realidade. é tanto clichê quando se diz que não se deixa para amanhã o que se pode fazer hoje, que todo o sentido implícito nisso perdeu-se junto com todo o amor que estocamos em nossas almas por orgulho ou preguiça em compartilha-lo. a vida é ou não é efêmera? fica tudo tão sem sentido para mim. toda a busca, tanta busca. 
de que vale tudo o que se alcança se não houver retorno a todos que mesmo que de longe contribuíram com o que se conquistou. o mundo vai além do nosso mundinho, dos nossos amores. cada prato de comida passou por muita gente até chegar em nossas mesas. cada criança morta por uma bala perdida, deixou um vazio numa família que poderia ser a nossa, e que de certa forma é. 
como reverter? como explicar que toda a causa que se funda em ganância, é por si só infundada? quando é que o mundo vai perceber que é o que dividimos que nos torna humanos? quando vai ficar claro que no final das contas não faz a menor diferença o ouro da bijuteria? eu cheguei a pensar que tudo girava em torno do ter, mas o ser também é causa de crueldade. o ego pede por poder. tem sede de sentir-se de qualquer forma melhor, especial. e tudo isso para que fatalmente ou não seja findo pela morte que atinge a todos nós. brancos, negros, ricos, pobres, crentes ou incrédulos. 
Eu peço a Deus que meu coração não petrifique. 
Todos os dias eu peço. 
Eu oro para que limpe de mim a dor que qualquer um possa ter me causado, a dor que eu me causei. Eu não quero o rancor como meu inquilino. Eu não quero que amanhã chegue sem eu dizer te amo. 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

cheiro de cacarecos.

sabe quando você precisa procurar algo no maleiro do seu guarda-roupa? ou se não, dentro daquele quarto separado da casa, onde todas as tralhas, tranqueiras e objetos considerados desnecessários são depositados? não vem logo aquele cheiro de guardado, aquela coceira no nariz, o mofo que se criou pela imobilidade das coisas, e o incômodo de respirar tanto pó acumulado? com a vida não é diferente. e algo que já de imediato me intriga é exatamente esse hábito de guardar o que então não se considera útil. por que  mantemos esses cacarecos ocupando um espaço que podia ser tão mais aproveitado? ali no lugar daquele quarto poderia sair uma bela biblioteca, ou até mesmo um outro banheiro, que já seria de maior utilidade. mas não, o apego a bens, seja de qualquer natureza, nos acorrenta no corpo e na alma. é um peso que não precisávamos carregar se conseguíssemos nos desprender das representações que criamos. ser politicamente correto, que exatamente isso quer dizer? porque quando mudamos de papel e passamos a ser os vilões que condenávamos, entendemos a humanidade de suas ações e justificamos os seus-nossos atos? o que é errado, não o é genericamente? não há justificativas para o erro consciente. em algum momento, no caminho para que ele se concretizasse, houve a chance de se escolher em não fazê-lo. então como lidar com o que se permitiu? o que exatamente representa a permissão? dá para extrair algo de bom do que se considerou tão ruim? tantas perguntas em tão pouco espaço. fazia tanto tempo que eu não remexia nos meus cacarecos. precisei abrir a porta hoje para guardar mais umas tralhas que eu não sei onde jogar. sem saber o que fazer com todo esse lixo sentimental que eu acumulei durante tantos anos. errar faz parte até de um acerto, quando de seu erro fica claro que o certo é o que já se tem. mas é tão relativo o que se tem, quando o que nos pertence é somente aquilo que carregamos conosco. até uma pedra tem valor porque a ela foi-se dado tal valor. e a gente quantas vezes transforma em diamantes estrume de boi. abro a janela para que o vento me areje e me livre das folhas secas que se acumularam e das traças que sobem pelas minhas pernas querendo corroer minhas certezas e engordar às custas de minhas bençãos. que o sol ultrapasse minha pele e aqueça meus ideais. que queime meus medos. que eu me ocupe do que me é bem e que o cheiro da maldade seja inodoro às minhas narinas.

Música do dia: Lua e Flor - Oswaldo Montenegro.

" a certeza ventilada de poesia"...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

traição.

depois que passa um tempo e foi pelo tempo que se passou, temos a falsa sensação de superação. colocamos para dormir as dores barulhentas que nos tomavam o sono e seguimos. mas qualquer vivência que possa despertá-la faz gritar o que silenciou. parecemos crianças querendo respostas a todos os porquês. como se conhecê-los mudasse trajetórias ou fizesse esquecer. ontem minha personagem sentiu comigo o caminho do ganho e da perda. dançou leve, rodopiando em sua alegria. acreditou. porque acreditar é aceitar uma verdade que não pertence a você. é abrir os braços e pular nessa verdade. ontem eu revivi sensações que havia trancado num baú bem escondido em minha alma. minha caixa de Pandora que se abriu soltando todos os demônios lá guardados. foi péssimo sentir a mesma dor novamente. foi fantástico olha-lá de frente sem baixar os olhos. decepção. como é difícil lidar com isso. é todo um conjunto de sentimentos e valores colocados à prova. e quem deve sair ganhando? essa noite eu pude dar o desfecho a ela que eu não dei a mim. ela se amou mais do que eu me amei. o mais engraçado é que o amor sempre foi a razão. mas ele não tinha a menor consciência de seu valor. o que tenho a dizer sobre tudo isso: não traía. não tráia a confiança de quem lhe depositou amor. não use como escudo a desculpa de que não tem significado algum sua traição. não seja egoísta a ponto de querer tudo, sem ter que abrir mão de nada. não seja covarde, a ponto de não fazer escolhas. de ter que , alguma coisa perder. porque sim, é sempre uma perda. é sempre uma escolha. é sempre um sacrifício. não só para quem foi traído. mas também para quem deixou de trair. para quem deixou vontades de lado em nome de um respeito. de um compromisso. de uma gratidão. ao menos isso. tenha caráter. tenha educação. mil motivos podem levar alguém a ter seus olhos desviados de sua relação, mas nada, nada justifica a traição. O que para quem trai, pode ser apenas considerado uma válvula de escape para seguir em seu relacionamento, para quem descobre é arrebatador. As mulheres são consideradas multifuncionais em suas tarefas diárias, mas no amor perdem para os homens na capacidade de separar o carnal do sentimental. A necessidade física sobrepõe o sentimento, e esse tem sido o grande argumento masculino para suas traições. Eles conseguem trair amando. Ao que me diz respeito, esse não é o amor que eu quero para minha vida. Hoje em dia, a minha verdade anda de mãos dadas com a verdade do outro esperando não esbarrar em mentiras. Assim seja. Meus pés no chão. Flutuar novamente?Jamais. Pode parecer exagero. Mas eu acredito no meu exagero, porque ele me manteve digna até hoje. É a correspondência honesta do meu pensar, do meu sentir e do meu agir. Sem enganações. Sem agrados mentirosos. Sem dizer o que não sinto. Sem ser leviana com um coração que não é meu, mas escolhe se fazer meu. Pode parecer triste. Mas, mais triste ainda é juntar cacos resultantes de um amor só real no seu ideal. E ter que prestar contas com sua alma dilacerada que tanto pediu para que antes de mais nada a amasse em prioridade.

Filme: Closer - Perto demais.
Música: Caleidoscópio " quem vai pagar as contas desse amor pagão? "...