domingo, 8 de março de 2015

círculos



É sempre mais do mesmo.
mesmo quando se tem a condição de novos dias. novos horizontes. conquistas. chegadas.
mesmo após análises e ressignifações.
o olhar muda, a sensação muda. a reação muda.
mas a essência...
a essência será sempre o sussuro dos fantasmas.
a voz que dorme e acorda ao seu lado te desafiando a olhar na menina dos seus olhos, aquela que desvia o olhar quando mira o espelho. Te desafiando a encarar o que você esconde de você em algum canto da alma.
Culpas, vergonhas, pavores. O que te prende no mundo, se não é o mundo que você pretende?
A nostalgia fode.
E eu quando preciso, preservo as barracas, ao passo de chutá-las. Todas.
Solidão. Quero senti-la na sua forma mais doída. Quero a verdade de estar sozinha e não a sensação da solidão acompanhada.
Quero uma criação de borboletas no meu estômago e montanhas russas subindo e descendo dentro de mim.
Freio de mão puxado! A quem se quer enganar ?
Tive a chance de sentir asco.
Aquela árvore que você plantou, regou, só criou raízes em você. Chega a ser ofensivo.
E eu fico me perguntando. Qual o meu número?
No saldo final , persiste a curiosidade. Um ego atingido em cheio deixando um rombo no peito.
Re-start.
Eu sei meu ponto de partida.


Música do dia: The scientist - Coldplay.
" ...take me back to the start"...

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